E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para substância da alma. Tudo em mim é tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma. Um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende.

sábado, 17 de dezembro de 2011

"Assim é a vida, tu corres entre as folhas, um outono negro que chegou, corres vestida com uma saia de folhas e um cinturão de metal amarelo, enquanto a neblina da estação rói as pedras.
Corres com teus sapatos e tuas meias, com o cinza repartido, com o oco do pé, e com essas mãos que o fumo selvagem adoraria, golpeia as escadas, derruba o papel negro que protege as portas, e entra em meio ao sol e a ira de um dia de punhais a te deixar como pomba de luto e neve sobre um corpo." (Pablo Neruda)


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