E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para substância da alma. Tudo em mim é tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma. Um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Será?
sábado, 19 de dezembro de 2009
Robert Johnson
Robert Leroy Johnson (8 de Maio, 1911 – 16 de Agosto, 1938) foi um cantor, guitarrista Norte-americano de Blues. Johnson é um dos músicos mais influentes do Mississippi Delta Blues e é uma importante referência para a padronização do consagrado formato de 12 compassos para o Blues. Influenciou grandes artistas durante anos como Muddy Waters, Bob Dylan, Johnny Winter, Jeff Beck, entre outros. Por suas inovações, músicas e habilidade com a guitarra ficou em quinto lugar no ranking dos 100 melhores guitarristas de todos os tempos da revista Rolling Stone.
Robert Johnson gravou apenas 29 músicas em um total de 41 faixas, em duas sessões de gravação em San Antonio, Texas, em Novembro de 1936 e em Dallas, Texas, em Junho de 1937. Treze músicas foram gravadas duas vezes.
Em 1938 durante uma apresentação no bar "Tree Forks" Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo dono do bar, o qual estava enciumado por Jonhson ter flertado com sua mulher. Sonny Boy Williamson que estava tocando junto com Jonhson, havia alertado-o sobre o whisky, porém este não lhe deu atenção. Johnson se recuperou do envenenamento, mas contraiu pneumonia e morreu 3 dias depois, em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi.
Outro mito popular recorrente sugere que Johnson vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi em troca da proeza para tocar guitarra. Este mito foi difundido principalmente por Son House, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas, como "Crossroads Blues", "Me And The Devil Blues" e "Hellhound On My Trail".
Embora Johnson certamente não tenha inventado o blues, que já vinha sendo tocado 15 anos antes de suas gravações, seu trabalho modificou o estilo de execução, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um ritmo regular. Suas principais influências foram Son House, Leroy Carr, Kokomo Arnold e Peetie Wheatstraw.
Discografia:
1. 11/23/36 Vocalion 3416 1937 Kind Hearted Woman Blues 2:29
2. 11/23/36 Vocalion 3416 Terraplane Blues 3:01
3. 11/26/36 Vocalion 3445 32-20 Blues 2:50
4. 11/27/36 Vocalion 3445 Last Fair Deal Gone Down 2:39
5. 11/23/36 Vocalion 3475 I Believe I'll Dust My Broom 2:57
6. 11/27/36 Vocalion 3475 Dead Shrimp Blues 2:29
7. 11/23/36 Vocalion 3519 Ramblin' On My Mind 2:57
8. 11/27/36 Vocalion 3519 Crossroad Blues 2:29
9. 11/23/36 Vocalion 3563 Come On In My Kitchen 2:52
10. 11/27/36 Vocalion 3563 They're Red Hot 2:56
11. 11/27/36 Vocalion 3601 Walkin' Blues 2:30
12. 11/23/36 Vocalion 3601 Sweet Home Chicago 2:57
13. 6/19/37 Vocalion 3623 From Four Until Late 2:22
14. 6/20/37 Vocalion 3623 Hellhound On My Trail 2:37
15. 6/20/37 Vocalion 3665 Malted Milk 2:20
16. 6/20/37 Vocalion 3665 Milkcow's Calf Blues 2:17
17. 6/19/37 Vocalion 3723 Stones In My Passway 2:28
18. 6/19/37 Vocalion 3723 I'm A Steady Rollin' Man 2:35
19. 6/20/37 Vocalion 4002 1938 Stop Breakin' Down Blues 2:21
20. 6/20/37 Vocalion 4002 Honeymoon Blues 2:16
21. 6/20/37 Vocalion 4108 Little Queen Of Spades 2:16
22. 6/20/37 Vocalion 4108 Me And The Devil Blues 2:34
23. 11/27/36 Vocalion 4630 1939 Preachin' Blues 2:52
24. 6/20/37 Vocalion 4630 Love In Vain
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
sarau virtual - O Guia do Mochileiro das Galaxias - Douglas Adams
A Inglaterra não existia mais. Isso ele já entendia - de algum modo conseguira entender. Tentou de novo: a América não existe mais. Não conseguia entender isso. Resolveu começar com coisas pequenas, de novo. Nova York não existia mais. Nenhuma reação. Na verdade, no fundo ele nunca acreditara mesmo na existência de Nova York. "O dólar", pensou ele, "caiu completamente". Isso lhe provovou um pequeno tremor. "Todos os filmes do Humphrey Bogart desapareceram", pensou ele, e esta idéia lhe causou um choque desagradável. "O McDonald's", pensou. "Não existe mais nenhum Big Mac".
domingo, 6 de dezembro de 2009
Brasil
Brasil, país cujo presidente junto com uma horda chora emocionado pela confirmação das Olimpiadas em 2016, o povo pula e samba de alegria pela copa de 2014. Esse mesmo povo bate no peito e chama para sí a responsabilidade de ter como exemplo da beleza brasileira a “mulher melancia”, “mulher melão”, “mulher samambaia”, “valesca popozuza” e assim por diante. Claro que não é só isso, ainda temos os ícones da cultura moderna como a Stefany do cross fox, Ivete Sangalo, Claudia Leite, Xuxa, Faustão, José Luiz Datena, Leão Lobo e mais um monte de gente que se deixasse de existir faria uma falta tremenda na vida de...não sei dizer quem.
Mas vamos ao que realmente não interessa:
Com um salário mínimo nacional de R$465,00, onde um funcionário deve trabalhar 117 horas por mês (POA) para conseguir comprar o que o governo chama de ração essencial (cesta básica R$284,52).
Com uma carga tributária que faz com que o brasileiro de classe média trabalhe 5 meses ou 157 dias por ano, o que equivale a 40% do que recebe e entregará ao governo até o fim de dezembro por meio de impostos, tributos e contribuições obrigatórias. No resto do ano, tudo que entra na sua conta é gasto com os mesmos serviços essenciais a que todo brasileiro deveria ter acesso conforme constituição federal (constituição federal com letras minúsculas escrito propositalmente), como saúde, educação e segurança.
Dados do IBGE mostram que o contribuinte de classe média gasta mais com saúde do que o governo. Em 2005, foram gastos R$103 bilhões com consultas, exames e remédios. O setor público no mesmo ano investiu apenas R$66 bilhões em hospitais e atendimentos.
Após pagar todos os tributos, essa classe média tem que trabalhar para comprar serviços privados em substituição aos serviços públicos: segurança privada, educação privada, previdência privada, saúde privada. O número de homicídios no Brasil em 2007 chegou a 48000 e as mortes no trânsito em 2007 chegaram a 35000.
O ano de 2008 fechou com 300 mil operações fraudulentas ou irregulares, um aumento de 112% em relação ao ano anterior, e ainda o Brasil perde anualmente com a corrupção política e empresarial cerca de R$ 160 bilhões, o que representa 6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil ainda perde US$ 3,5 bilhões por ano com prejuízo à produtividade provocada por fraudes públicas.
Com o descrito acima, chego a conclusão que melhor mesmo é escrever sobre música, literatura e cinema e nunca esquecer de questionar o que ainda estou fazendo nesse país.
Sigur Rós
O Sigur Rós é uma banda formada em 1994 pelos três amigos Jón Þór (Jónsi) Birgisson, Georg Hólm e Ágúst Ævar Gunnarsson, na cidade de Reykjavík, na Islândia. Sigur rós quer dizer "rosa da vitória", e foi dada em homenagem à irmã do vocalista, Sigurrós, que nasceu no mesmo dia em que a banda foi fundada. Seu som é post-rock, com elementos minimalistas e clássicos, som etéreo e falsetes do vocalista Jónsi Birgisson.
Canções em estado puro como Svefn g englar (sonâmbulos - 2000) onde Jónsi manuseia a guitarra com um arco de violino, obtendo um som distorcido e fantasmagórico. Banda realmente muito boa e rara que contrasta com a pobreza e a mediocridade das aspirantes a um lugar ao sol no cenário musical atual. Recomendo o quarto álbum da banda lançado em 2005 (Takk - obrigado).
Egg Chair
Dostoiévski
"Asseguro-lhes que ter uma consciência exagerada é uma doença, verdadeira e completa doença. Para o dia-a-dia do ser humano seria mais do que suficiente a consciência do homem comum, ou seja, a metade ou um quarto menor do que a porção que toca cada pessoa evoluída no nosso infeliz século XIX que, ainda por cima, tem a infelicidade excepcional de morar em Petersburgo, a cidade mais abstrata e premeditada de todo globo terrestre."
Fiódor Dostoiévski em Notas do Subsolo
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